segunda-feira, 11 de junho de 2012

Orientador



‎"Pai de Santo é um termo que esse velho cá não concorda. Porque Pai, Oxalá Maior escolhe e você atrai de acordo com a sua vibração, o ceio familiar não vem no vento, o ceio familiar é herdado em cada reencarnação por afinidade magnética. Uma comunidade espírita precisa de um Orientador que tenha o dom de aprender, assimilar e passar adiante, não de um pai. Pai cada um tem o seu. O significado de pai num terreiro vem de ensinador, educador e não de membro da família. Um terreiro onde se aprende a caridade, a fé, a esperança e o amor é um terreiro de axé, pois se tem isso houve quem ensinasse e quem o fez foi um bom orientador. Assim como um padre, um babalorixá tem o dever de uma vez ou outra quando sente necessidade ou é orientado pelo alto de procurar individualmente um filho de axé, mas, na maioria das vezes é obrigação do filho procurar seu babá para pedir orientação ou compartilhar um momento difícil, porque a vida de todos os que trabalham no santo (também o babá) vai além do Ilê. Quando um orientador de santo tem tempo hábil e deixa a desejar se entenderá com suas falanges assim como se entenderá com as suas quem exige do babá além do que ele pode verdadeiramente dar. Um terreiro é formado de energia e axé e de pequenas coisas e sentimentos que o bango não pode comprar. Se vocês querem uma casa de axé ao invés de uma casa de casca de coco, seja o axé e no seu interior limpe suas próprias cascas de coco.” 



Pai Joaquim D’Angola | Por Erickson D Brandão.
http://www.facebook.com/umbandaeucurto

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sem humildade não há esclarecimento!


Não se esconda das grandes questões do espírito ou mesmo da natureza humana. Participe dentro de suas doutrinas ou religiões buscando cada traço da verdadeira sabedoria imposta sobre aqueles que de alguma forma carregam a sensibilidade mediúnica e que na posição de médiuns venham tentar de alguma forma esclarecer determinados assuntos ou dúvidas.
O esclarecimento é um dos maiores objetivos da Umbanda. Esclarecimento em todos os sentidos. Sem esclarecimento não tem doutrina, não evolui e assim por diante. O esclarecimento está ligado como objetivo em todas as religiões. Basta buscar esclarecimento para crer.
Minhas simples palavras para aqueles que buscam esclarecimento.
“Sem humildade não há esclarecimento”, porque tem que ser humilde para dar e receber esclarecimento. A vaidade, o orgulho, a ganância, a inveja, ou seja, toda forma negativa de comportamento traz consigo a falta de humildade que anula o esclarecimento e crescimento.
Esclarecimento já tantas vezes citado nessas tão poucas iniciais linhas, mas, que já uni com o crescimento. O esclarecer é a semente para o crescimento. Quem esclarece ajuda a crescer e quem cresce ajuda esclarecer.

Talvez digam que nego véio tá bebo.

Pai Antônio Quimbandeiro do Cruzeiro das Almas.
(Mensagem Recebida pelo Médium Alberto Magno
da Equipe Genuína Umbanda)


terça-feira, 5 de junho de 2012

A cura verdadeira



Todas as criaturas humanas adoecem, raras são aquelas que trabalham para a cura real. 
A ação medicamentosa por si só não restaura integralmente a saúde; o comprimido ajuda, a injeção melhora, no entanto, não podemos esquecer que os verdadeiros males procedem da mente. A mente é uma fonte criadora e a vida plasma em nós mesmos aquilo que desejamos. 
Assim, a medicação não nos valerá muito se prosseguirmos tristes e acabrunhados, porque a tristeza é geratriz e mantenedora de muitos males. 
Como pretendemos ter a saúde restaurada, se nos permitimos a cólera ou o desanimo por muitas horas? O desalento é anestésico que entorpece e acaba por destruir quem o cultiva. 
A ociosidade que corrompe as horas e a inutilidade que desperdiça o tempo valioso, extingue as forças físicas e as do espírito, mesmo porque, a mente ociosa acaba por se dedicar a muitas coisas ruins, como a maledicência e a crítica destrutiva. 
Se não sabemos calar nem desculpar, se não ajudamos, nem compreendemos, como encontrar harmonia íntima? Por mais que o socorro espiritual venha em nosso favor, devoramos as próprias energias com atitudes negativas. E com respeito ao socorro médico,mal surgem as primeiras melhoras, abandonamos o remédio , a dieta, os cuidados, demonstrando a nossa indisciplina, por isso, se estamos doentes, antes de qualquer medicação, aprendamos a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para a grande mudança. 
Fujamos da indelicadeza e do azedume constante que nos conduzirão à brutalidade no trato com os demais. Enriqueçamos nossos fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno, busquemos a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e a meditação. Não manchemos o nosso caminho, sirvamos sempre, trabalhemos na extensão do bem em todos, guardemos lealdade às palavras do Mestre Jesus. Permaneçamos com a certeza de que cultivando a oração, vibrando positivamente pela vida, abraçando a oração diária desde logo, a meditação de que nos servimos, atuará rápida e beneficamente em nosso corpo, conduzindo, assim, à verdadeira cura.


"Momento Espírita"


Fonte: http://www.mensagemespirita.com.br

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Falanges



É importante esclarecer algumas dúvidas mais comuns quanto à formação das falanges na umbanda. Numa determinada falange pode haver centenas de espíritos atuando com o mesmo nome, aos quais denominamos de falangeiros dos orixás. A falange de Cabocla Jurema, por exemplo, é constituída de milhares de espíritos que adotam este nome, como se fossem procuradores diretos da vibração do orixá Oxóssi. Então, sob o comando de um espírito, existe uma quantidade enorme de outros espíritos que se utilizam dessa mesma "chancela" ou "insígnia" - uma espécie de autorização dos Maiorais que regem o movimento umbandista e que identificam os que já adquiriram o direito de trabalho nas suas frentes de caridade no orbe. Na verdade, quando um médium incorpora uma Cabocla Jurema, ele se enfeixa na falange que tem uma vibração peculiar. Por isso, pode ocorrer a manifestação de centenas de caboclas juremas ao mesmo tempo, pelo Brasil afora, inclusive dentro de um mesmo terreiro.

Quantas vezes ocorrem sérios conflitos em um terreiro porque certo médium começa a manifestar uma entidade com o mesmo nome do guia do dirigente. Aí começam os ciúmes, as vaidades feridas, e gradativamente o médium "abusado" começa a ser desacreditado em sua mediunidade, como se uma determinada entidade fosse propriedade de alguém na Terra. Devemos estudar mais, observar melhor o plano astral e o que os espíritos do "lado de lá" têm para nos ensinar. Vemos muitos "sacerdotes" despreparados, fazendo coisas porque sempre foram feitas de determinada maneira, ou mesmo proibindo os trabalhadores da corrente de se instruírem por meio da leitura, o que é algo semelhante à "caça as bruxas" do tempo da Inquisição, que retorna atavicamente em algumas personalidades detentoras de poder religioso.

Considerando que é possível um mesmo espírito atuar em diversas falanges com mais de um nome, de acordo com sua missão e evolução espiritual, percebemos o quanto é grande o nosso apego às entidades que nos assistem quando ouvimos corriqueiramente a seguinte afirmação de muitos médiuns: "meu guia", "meu caboclo", "meu exu". Na realidade, eles quem nos escolhem do "lado de lá". A opção sempre parte do mundo espiritual. Quantas vezes nos achamos privilegiados por ter como guia o “caboclo mais forte”, quando ele está se manifestando-se bem ao nosso lado, no médium mais simples e prestativo do terreiro, como um humilde pai velho, por não encontrar mais no seu antigo aparelho o campo psíquico livre da erva daninha que é a sorrateira vaidade.

Da mesma forma, um espírito pode estar atuando manifestado mediunicamente em vários aparelhos ao mesmo tempo, numa diversidade de terreiros. É possível a certas entidades vibrarem numa espécie de multiplicidade vibratória (ubiquidade), pois as distâncias e o tempo do "lado de lá" diferem em muito do plano físico. Imaginemos uma mesma fonte geradora de eletricidade que alimenta muitos fios que levam a energia para vários bairros. A mesma força que entra na mansão de João entra no casebre de José, na choupana de Maria, na casa do feirante, no apartamento do médico, sendo a origem fornecedora a mesma, ainda que mude a luminosidade e a cor aos nossos limitados olhos.

É surpreendente o fato de personagens famosos de outrora estarem humildemente por trás de uma aparência de caboclo, como acontece com doutor Bezerra de Menezes, e inúmeros outros espíritos, a exemplo de Joana de Ângelis, que se apresenta com a vestimenta de uma vovó mandingueira do Congo velho africano. Apelamos aos companheiros de todas as frentes mediúnicas que deixemos os sectarismos de lado e permaneçamos distantes de nossas atitudes orgulhosas e superiores perante os irmãos que optam por doutrinas diferentes das que abraçamos. Vamos nos respeitar fraternalmente.


Retirado do livro Umbanda pé no chão - Norberto Peixoto (Um guia de estudos orientado pelo espírito Ramatís)